Curitiba tem novos residentes em Medicina da Família e Comunidade


Na próxima semana, a rede pública de saúde de Curitiba passará a contar com 35 novos médicos residentes de Medicina da Família e Comunidade. Nesta sexta-feira (03/03), eles foram acolhidos em uma solenidade no auditório superior do Mercado Municipal, passaram por orientações, escolha de preceptores (médico responsável por supervisionar) e direcionamento para unidades de saúde onde vão exercer as atividades.

Os novos residentes vêm integrar a equipe e reforçar uma política de modelo de assistência à saúde comunitária, criada pelo Ministério de Saúde no País a partir de 1994. Além dos 35 novos residentes, o município já tem outros 30 médicos residentes da Família. Eles já estavam no programa e agora passam ao segundo ano de formação. Desta forma, Curitiba passa a contar, no total, com 65 médicos residentes nesta área.

De acordo com o secretário municipal da Saúde, João Carlos Baracho, este modelo de atenção primária, com foco na Medicina da Família e Comunidade, é uma avanço do ponto de vista de saúde pública. “O médico da Família e Comunidade atende o indivíduo desde o pré-natal, quando é bebê, depois criança, adolescente, adulto e idoso. O modelo, de forma bem aplicada, é capaz de responder de 85 a 90% pela saúde do cidadão. É uma medicina mais próxima das pessoas”, explica Baracho.

A diretora do Centro de Informação em Saúde da Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba, Tânia Maria Santos Pires, lembra que as maiores causas de internação no País - partos, cesáreas, insuficiência cardíaca, AVC, crise asmática, crise hipertensiva, diabetes - podem ser diminuídas com uma atenção primária à saúde de qualidade. Para isso, de acordo com Tânia, é necessário investir em formação, para qualificar a atenção primária. “Com essa residência realizada na nossa rede nós ajudamos a formar especialistas em atenção primária.”

Esse modelo de assistência primária à saúde é tão eficiente, segundo Tânia, que até mesmo alguns planos de saúde têm adotado o foco no Médico da Família e Comunidade, em vez da porta de entrada da atenção primária direto nas especialidades.

 Neste formato, o paciente só é encaminhado ao especialista em casos específicos, quando há necessidade. O modelo é adotado, inclusive, na saúde pública de países como a Inglaterra, lembra ela. A vantagem é resolver a maior parte dos problemas já na atenção básica, racionalizar os custos do sistema e diminuir o gargalo na atenção secundária.

 Geriatria

 Além dos residentes médicos de Família e Comunidade, nesta quinta-feira (02/03), a Secretaria Municipal da Saúde recebeu também a primeira turma de residência médica em Geriatria. Os 55 profissionais foram recepcionados no auditório Zacarias Alves de Souza Filho, no Hospital do Idoso Zilda Arns.

Os residentes são direcionados para Unidades de Saúde, Centros de Apoio Psicossocial (Caps), Serviço de Atendimento Móvel a Urgências (Samu), Centro Médico Comunitário do Bairro Novo, Programa Melhor em Casa e para o Hospital do Idoso.