Mutirão Saúde Já reduz em até 32% fila de espera de ultrassonografia de abdômen

O Mutirão Saúde Já, compromisso de campanha do prefeito Rafael Greca, reduziu em 32% a fila de espera da ultrassonografia de abdômen. No início de março, eram 4.299 pessoas na fila de espera. Em 18 de junho, a fila tinha sido reduzida para 2.931 pessoas.

Os pacientes atendidas no mutirão foram encaminhados pelos postos de saúde, que mantém convênio com sete hospitais da cidade para a oferta de ultrassonografia do abdômen, do aparelho urinário e da tireóide e outros exames cujo diagnóstico não é feito por imagem.

Uma das pacientes do mutirão é a artesã Marinez Ferreira Nunes, 53. Além da ultrassonografia abdômen, ela fez mamografia, ambas no mesmo mês. “Os serviços oferecidos pelo mutirão são bem mais rápidos”, pontua.

Marinez mora em Santa Felicidade e decidiu fazer os exames por causa de sua irmã, que faz tratamento contra o câncer de ovário há sete anos. “Quando a mulher entra na menopausa, a prevenção de doenças se torna ainda mais importante”, diz a artesã.

Segundo o coordenador técnico do Hospital Erasto Gaertner, João Nunes, pessoas que, como Marinez, fazem ultrassonografia do abdômen, buscam se certificar que não têm cálculos na vesícula biliar ou nos rins e outros problemas em órgãos internos.

A ultrassonografia do abdômen e da tireoide — que detecta cisto — dura cerca de 25 minutos.  “É um procedimento relativamente simples. Passa-se o transistor no corpo do paciente e uma imagem é gerada. A partir dessa imagem, é feito o diagnóstico”, explica.

Pacientes à espera da ultrassonografia de tireóide eram 7.229 em 2 de março. No fim de junho, a fila tinha sido reduzida em 10% e contava com 6.520 pessoas.

Ultrassonografias
Um dos principais locais da cidade que oferecem ultrassonografias é o Centro de Diagnóstico por Imagem do Erasto Gaertner (CDI) — cujo atendimento pelo mutirão representa 30% do total de pessoas recebido pelo hospital.

Magali Schroeder, 46, também fez ultrassonografia no CDI. Moradora do Bairro Alto, ela diz que faz exames de prevenção anualmente. Neste ano, teve a oportunidade de ser atendida pelo Mutirão. “É um serviço mais rápido”, opina.

A paciente conta que foi até Unidade de Saúde Higienópolis e, de lá, a encaminharam para o Hospital Erasto Gaertner. Em um mês fez o exame. Na quinta-feira (22/6), chegou à Central de Diagnóstico por Imagem do hospital às 7h45. Em meia hora foi atendida.

Magali diz que se tornou uma pessoa mais atenta à saúde depois que o filho, aos 14 anos, teve linfoma — câncer no sistema linfático. Mas só foi diagnosticado corretamente após um ano visitando clínicas particulares. “Saber de uma doença antes faz toda a diferença”, pontua. Ele hoje está bem.
Mutirão
O Mutirão Saúde Já visa atender todos os pacientes que estavam na fila de espera e também agilizar o agendamento dos pacientes novos – para esses, o que antes demorava meses está sendo feito em dias.

O aumento da oferta e a agilidade no agendamento contribuem não só na redução das filas de espera. Em grande parte dos casos os exames são necessários para fechamento de diagnóstico e definição da conduta clínica.

Segundo o gerente do ambulatório e SADT (serviço de apoio ao diagnóstico e terapia) do Hospital do Idoso Zilda Arns, Mario Gilberto Jesus Nunes, a demora em realizar um exame pode resultar em prejuízos ao paciente.

“Tendo uma oferta aumentada e possibilitando uma agilidade no agendamento contribuímos com um diagnóstico mais rápido e eficaz e um tratamento mais resolutivo”, comenta.