Curitiba é referência na atenção a pacientes com aids

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A rede de atenção a pacientes com aids em Curitiba chama a atenção internacional. Nesta quarta-feira (17/05), a superintendente de Vigilância em Saúde, Juliane Oliveira, apresentou o sistema adotado pela Secretaria Municipal de Saúde no 18.º Congresso Pan-Americano de Infectologia, realizado na Cidade do Panamá, Panamá. “Curitiba é referência mundial no atendimento a esses pacientes, por isso fomos convidados pela Organização Pan-Americana de Saúde”, explicou Juliane.
Especialistas de vários países participaram das atividades, relacionadas a diversos temas da área de infectologia. Em sua palestra, Juliane abordou a rede integrada de serviços de atenção compartilhada a pessoas com HIV/aids de Curitiba. “Adotamos atendimento descentralizado e o matriciamento, para melhorar a articulação entre a atenção primária e a especialidade médica. Com isso aumentamos a resolutividade e acabamos com a espera por consulta”, detalhou a médica paranaense.


Juliane destacou as estratégias de testagem direcionadas a populações de maior risco. Testes rápidos são feitos, por exemplo, no programa Consultório na Rua que atende pessoas que vivem em praças e marquises. “A participação neste congresso permite troca intensa de experiência e novos contatos na área da saúde”, comentou.
DESCENTRALIZAÇÃO

Em Curitiba, todos os 110 postos de saúde, que integram a rede de atenção primária, estão aptos a receber o paciente. No posto, na consulta com a enfermagem, o usuário pode solicitar o exame. Se comprovada a presença do vírus, ele é encaminhado ao médico clínico geral, capacitado pela Secretaria da Saúde para diagnosticar a doença e receitar o medicamento.


Com a receita em mãos, o paciente retira a medicação distribuída pelo Ministério da Saúde nas cinco unidades de dispensação de medicamento, onde passa por consulta com farmacêutico. Nesse encontro o profissional explica a maneira correta para administração dos remédios e a necessidade de adesão ao tratamento.


O paciente permanece sob acompanhamento pelo médico do posto de saúde. O médico, por sua vez, conta com os chamados matriciadores, infectologistas que podem ser acionados remotamente caso surja alguma dúvida. O clínico geral também pode solicitar consulta conjunta com o matriciador para atender o paciente, caso o quadro tenha evolução não prevista.

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