Curitiba será pioneira em projeto de padronização nacional

vigilancia-sanitariaCuritiba e Belo Horizonte serão pioneiras no país ao participar do projeto piloto da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em parceria com o Hospital Alemão Oswaldo Cruz (HAOC), para a implantação de um Sistema de Gestão de Qualidade nas vigilâncias sanitárias municipais e estaduais. O objetivo do projeto, batizado como Integra Visa, é padronizar as ações de Vigilância Sanitária em todo o território nacional.

Nesta terça-feira (16/4), Curitiba recebeu a visita de técnicos da Anvisa e do HAOC, que formalizaram o convite ao município. Além das duas capitais, participarão do projeto piloto as vigilâncias estaduais do Paraná e de Minas Gerais. A estimativa é que o Integra Visa seja testado até junho de 2020, antes de ser implementado gradualmente no restante do país.

“Queremos um modelo nacional harmonizado, ajustado em todo o território”, afirmou o coordenador nacional de vigilância sanitária na Anvisa, Artur Iuri de Sousa.

De acordo com a consultora de Vigilância Sanitária do HAOC, Vera Bacelar, para a escolha dos dois municípios que vão sediar o projeto piloto foram levados em conta diversos critérios, como: existência de parque industrial importante, planejamento estratégico e organização da vigilância sanitária municipal.

“Além desses aspectos, tivemos uma grande receptividade em Curitiba e um contexto favorável, numa Secretaria de Saúde em que gestão é um diferencial”, disse Vera.

Segundo a coordenadora da Vigilância Sanitária de Curitiba, Francielle Narloch, Curitiba tem um histórico de avanços em relação ao tema e foi o primeiro município do país a municipalizar as ações da Vigilância Sanitária na década de 90.

De acordo com Francielle, ainda, o Integra Visa é uma oportunidade de avanço para o país, uma vez que o sistema nacional de Vigilância Sanitária poderá se fortalecer com ações padronizadas.

“A legislação é a mesma em todo o país, mas é preciso assegurar que uma fiscalização realizada em qualquer município tenha a mesma visão quanto ao risco sanitário do que aquela realizada em Curitiba, por exemplo”, disse. “O olhar tem que ser o mesmo”, complementou.

Segundo Vera, essa harmonização pode, inclusive, favorecer o Brasil nas exportações, porque os países importadores terão mais confiança ao comprar, considerando a segurança e a padronização das ações de Vigilância Sanitária em todo o país.